sábado, junho 25, 2005

estamos deitados nus
e tudo foge ao nosso controlo.
o céu,
a música,
as nossas vidas,
sempre duas.

e eu agarro-te.
e tu apertas-me.
ontem.

já nada tem o mesmo sabor.
tudo sabe a hoje.
hoje sabe a tudo.

a noite estranha,
á chegada e á partida,
cada dia diferente.
e o dia estranha a noite,
e já não se conhecem.

tenho mais frio hoje do que quando era pequenino e nu.
se olhar para trás vomito.
se olhar em frente,
tremo de medo.
abraço-me em vão.